Enfim, a casa de Euclides da Cunha será reaberta

O Movimento Euclidiano de Cantagalo está exultante com a notícia de reabertura da Casa de Euclides da Cunha!

São mais de dez anos fechada. Um portal que dá para vida e a obra de Euclides da Cunha, um dos mais celebrados escritores brasileiros.

Para nós, de Cantagalo, a Casa fechada é como se estivéssemos presos do lado de fora de uma das mais belas páginas da cultura brasileira, que nasceu aqui, e não podemos acessar. É como se estivéssemos apartados do conterrâneo que mostrou o Brasil real ao Brasil oficial, usando as definições de Suassuna, que em 2009, quando completamos 100 anos sem Euclides, esteve aqui para falar do quanto o autor de “Os sertões” foi importe para o país. E nós, há mais dez anos sem poder conhecer mais.  Há uma geração de estudantes em Cantagalo que não teve a oportunidade usufruir deste espaço de memória e formação.

Para quem não é de Cantagalo, é uma porta fechada para oportunidades de vivências culturais, é estar na terra de Euclides e estar do lado de fora de sua história. Recentemente, alunos de uma escola de Teresópolis tiveram como prêmio visitar a terra natal de Euclides da Cunha. Ficaram na praça. A porta da Casa estava fechada.

Para estudiosos da vida e da obra de Euclides da Cunha, a Casa fechada é como estarem impedidos de acessar informações que levam a maior conhecimento sobre o escritor e o homem, republicano, democrático, com uma obra profunda cuja pouca extensão contrasta com todas as nuances que a fazem ser uma das obras mais estudadas no país, com reflexos em tantos outros países.

O movimento euclidiano em Cantagalo, com seus diferentes coletivos e militantes, andou amputado do mais importante órgão para divulgação da obra euclidiana. Ficou, literalmente, sem chão e sem teto. A casa estava fechada. Mas não se calou. Várias vozes se levantaram em diferentes estâncias. Em fevereiro de 2022, foi publicado um Manifesto em que se lia um apelo: “A Casa de Euclides da Cunha não pode permanecer fechada”.

E eis que o dia 16 de junho será, talvez, o mais importante do euclidianismo cantagalense, nos últimos 11 anos.  Estamos felizes.  Empolgados com o espaço que deve ser a expressão do orgulho de Cantagalo por seu filho mais ilustre.

Que as múltiplas vozes que se levantaram e trabalharam para que este momento chegasse estejam unidas neste dia de festa e durante toda a caminhada, de maneira que seja a última vez que se fale em reabertura. Que a Casa de Euclides da Cunha nunca mais feche.

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